Boa noite amigas e amigos educadores, passei por aqui para deixar este artigo que li no UOL Notícias, o Ministério Público do Estado de Pernambuco derrubou a resolução do Conselho Nacional de Educação que determina a idade de mínima de 6 anos para a matrícula no 1ºano do Ensino Fundamental,não sei se vocês concordam comigo, mas eu como professora alfabetizadora, que trabalho com crianças nesta faixa etária, não concordo com isso, para nós, minhas companheiras de trabalho e eu, acreditamos que a criança precisa estar madura para entrar no ensino regular, não podemos "pular" etapas no processo de desenvolvimento das crianças, para quê tanta pressa?
Precisamos nos unir e mostrar para os profissionais de outras áreas, que eles não entendem de maturação infantil, do processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança, que um aluno de 5 e 6 anos vai ganhar muito estando na Educação Infantil, aprendendo de forma lúdica.
Sabemos que não é a idade cronológica que determina a maturidade da criança, mas precisamos de um parâmetro,e também que o 1º ano do Ensino Fundamental de 9 anos deveria ser o antigo Pré III, mas não vamos nos enganar, na maioria das escolas, principalmente as particulares, os conteúdos aplicados são os da antiga 1ª série e os alunos acabam ficando sentados durante 4 horas dentro de uma sala de aula.
Ás vezes nos questionamos porque as crianças estão desinteressadas e indisciplinadas desde as primeiras séries do Ensino Fundamental. Se analisarmos, vamos perceber que a escola é muito desinteressante, e sem novidades para as crianças.
Precisamos rever tudo isso e deixarmos de ser tão ansiosos quando vamos colocar nossos filhos na escola, existe o momento certo para tudo. Leia o artigo e dê a sua opinião.
23/11/2011 - 22h54
Justiça Federal derruba idade mínima de 6 anos para entrar na escola
Amanda Cieglinski, da Agência Brasil, em Brasília (DF)
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A Justiça Federal em Pernambuco determinou a suspensão de resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) que impedia a matrícula de crianças menores de 6 anos no ensino fundamental. O pedido, em caráter liminar, foi feito pelo Ministério Público Federal no Estado.
Segundo o parecer do CNE, aprovado em 2010, o aluno precisa ter 6 anos completos até 31 de março do ano letivo para ser matriculado no 1° ano do ensino fundamental – caso contrário deverá permanecer na educação infantil. Na decisão, o juiz Cláudio Kitner destaca que a resolução “põe por terra a isonomia, deixando que a capacidade de aprendizagem da criança individualmente considerada seja fixada de forma genérica e exclusivamente com base em critério cronológico”.
O magistrado argumentou que permitir que uma criança que completa 6 anos seja matriculada e impedir que outra que faz aniversário um mês depois não o seja “redunda em patente afronta ao princípio da autonomia”. A decisão também questiona a base científica para definição da idade de corte.
De acordo com o CNE, o objetivo da resolução é organizar o ingresso dos alunos no ensino fundamental, já que até então cada rede de ensino fixava uma regra diferente. O colegiado defende que a criança pode ser prejudicada se ingressar precocemente no ensino fundamental sem o desenvolvimento intelectual e social necessário à etapa.
Cara Zélia,
ResponderExcluirNão te conheço, mas me permita o direito de discordar em parte com a sua afirmação. Não acredito que estipular uma data de corte no ensino fundamental vá resolver os problemas pedagógicos levantados. Concordo com você que precisamos de um parâmetro, mas será que a data de corte é o parâmetro correto? Não acredito nisto. Muito mais interessante seria rever o modo como se encara a educação. Porque transformar a educação em algo chato e desinteressante? Porque forçar a criança a ficar sentada por 4 horas seguidas e dizer que uma criança com 6 anos completos pode aturar isto, enquanto uma de 5 anos e 10 meses não pode? Isto é critério aceitável? é nisto que acreditam os educadores do nosso país? Pelo que pude entender, a idéia de Darci Ribeiro foi incluir mais crianças no sistema de ensino, com o intuito de fazer o estado se responsabilizar por elas. No entanto, o estado usou isto como forma de excluir crianças, já que não tinha estrutura para absorver toda esta nova leva de alunos que recebia. Isto me parece mais critério político do que educacional. Se há abusos na rede particular, talvez seja interessante buscar mais a fundo as causas destas distorções e conscientizar principlamente os pais que têm se mostrado cada vez mais desinteressados pela educação dos seus filhos, deixando a responsabilidade apenas para as escolas. Já encarei, em outros tempos, a posição de achar que as escolas particulares estariam interessadas apenas em dinheiro. Mas vejo hoje, por experiência própria e da experiência dos amigos, que a realidade não é extamente esta. Vejo nas escolas, profissionais comprometidos com a educação e que não estão aceitando aprovar as crianças porque os seus pais estão em dia com a mensalidade. Enquanto que a rede estadual, que deveria ser mais isenta, tem aprovado todos com a desculpa de que reprovar é ruim, e só. É apenas uma reflexão que gostaria de deixar registrada, como parte da minha indignação com os rumos da educação no Brasil. Abs, Clara
Olá Clara! Agradeço por deixar registrado sua opinião, escrevi como professora indignada, que por muitas vezes precisa lecionar e ver colegas passando por isso também, com salas cheias de alunos e muitos deles sem ter tido acesso à Educação Infantil, em salas sem estrutura física apropriada para esta faixa etária e em alguns casos, sem apoio da família que vê o professor como cuidador e não como mediador de conhecimentos.
ResponderExcluirCom disse no texto, não é a idade que vai determinar se a criança está pronta ou não, mas a escola pública não pode aceitar um e o outro não, quando é lei, aceita-se todos, independentemente se este ou aquele precisa ficar na Educação Infantil, ou como você mesma disse, se é preciso reprovar uma criança por insuficiência dos conteúdos oferecidos no ano letivo.
Bem é o sistema....
Abraços para você Clara e te espero sempre por aqui.
Acredito que essa data é uma besteira. É mais uma tentativa de mudar a educação com ações inócuas e absurdas. Se uma criança tem, de acordo com a própria escola condições de frequentar uma série, ela também não pode desinteressar-se porque não há nada de novo para aprender? Cristina
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